sábado, 18 de dezembro de 2010

Lone... A Lone... Alone...

Sábado, um dia de festas, de curtição, animação... Dia de sair com os amigos, dia de sair para namorar para os namorados e de sair para se apaixonar pelos ainda não apaixonados. Enfim, o dia em que todos saiem e, justamente por isso, o dia em que ninguém fica. Talvez, muitos afirmem com certeza que domingo é o pior dia. Mas eu discordo. No domingo, todos estão em casa. No domingo, pode-se ligar a qualquer instante para qualquer um e quase todos atenderão, fora aqueles mais religiosos que foram à missa, ou os mais aventureiros que sairam um dia antes de trabalhar. Sábado... Maldito sábado.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Viva cada dia como se fosse o último...

Se hoje fosse o último dia de minha vida, amanhã meus pais estariam tristes, talvez uns poucos amigos também... E, então, diriam algo como "Ah, eu me lembro, brevemente, de como ela era", se quisessem ser verdadeiros. Se não, falariam algo mais dramático, talvez algo como... "Quanta saudades... Por quê, oh, Por quê?" Mas eu prefeririria que fossem falsos. Sabe, cresci vivendo das aparências... Vivi sabendo que os vizinhos não podiam saber disto ou daquilo e que uma coisa descoberta pode ser capaz de acabar com uma vida. E para manter as boas imagens, aqueles que me ensinaram a ser assim diziam com firmeza "Ninguém está preocupado com o que você faz ou deixa de fazer, seja do seu jeito para que as pessoas gostem de você do jeito que é", mas eu sempre soube que faziam isso para manter as aparências. Costumava fingir não saber... Não era bom que pensassem que eu sabia. Amanhã, uns colegas de escola descobririam meu fim e, talvez, ainda uns professores... Comentariam coisas possitivas para não falar mal de quem não pode se defender, quando na verdade, nem se lembrariam direito quem eu era. Todavia, precisavam se mostrar compreensíveis e sentimentais. Nos filmes, nas novelas e, até nos livros, as pessoas sentimentais são sempre as mais boazinhas, as mais aceitas moralmente... Enfim, as melhores. Todas as pessoas querem parecer melhores. Afinal, as outras pessoas poderiam acreditar e isso daria muito prestígio a todos. Amanhã, quase ninguém saberia ao certo como sou, porque nunca fui capaz de fugir das meras aparências, mas me generalizariam e me tratariam como todos os demais cadáveres. Apenas as pessoas poucas que deixei ler meus textos mais intimos, em mostras particulares, ou que deixei escapar uma conversa mais séria, saberiam como sou, o que sinto em relação a cada uma das coisas do mundo... Apenas aquelas pessoas poucas a que fui capaz de me abrir, que fui capaz de mostrar como me comporto nos mundos imaginários que criei através da escrita e que, ainda, me conheceram no mundo real que... ainda não sei quem criou, tampouco como. Talvez, essas poucas pessoas pudessem lembrar de mim com saudade, sem falsidade... Essas seriam as únicas pessoas que eu não me importaria que fossem verdadeiras após minha morte, pois tive delas a verdade por toda uma vida e não estranharia de qualquer forma, alias, estranharia se fizessem o contrário. Se hoje fosse o meu último dia, eu pensaria no amanhã mais do que nunca, pois seria o amanhã mais incerto de todos os meus dias de vida. Se hoje fosse o meu último dia, eu criticaria a todos... publica e secretamente, ao mesmo tempo... Daria um jeito de tornar pública minha opinião sobre cada um. Mas secreta e sem citar nomes, para que eu não deixasse raiva que impossível de ser descontada.

Sonhos...

Não sei se gosto de sonhos, não sei mesmo. Sabe, sonhos podem ser tão perfeitos, tão irreais, tão extraordinários, tão assustadores e tão verdadeiros... E qualquer sonho, seja aquele que se tem dormindo, ou aqueles que se tem acordado... Talvez, os que se tem desperto sejam os piores. Afinal, estes são os que mais lembramos, os que mais nos perseguem. E qualquer um dos dois tipos de sonhos, terminam com o despertar, sempre com o despertar. Despertar é sempre uma dor, quando o abismo entre real e sonho nos devora, completamente. Despertar é sempre a pior parte, a que julgo mais complicada e a mais importante. Mais complicado porque nos faz retornar dos sonhos e voltar à realidade. Mais complicado porque nos trás a verdade e, vamos concordar, a verdade costuma doer... Principalmente quando comparada com a mentira. E por que a mais importante? A mais importante porque se não despertassemos, teriamos um grande problema. Para os sonhos que se tem desacordado, não é difícil entender por que dormir para sempre poderia ser um problema. É simples assim: acabariamos morrendo, de sede... e se nos dessem o que beber, de fome... e se nos dessem o que comer, de loucura... E esta seria extremamente difícil que suprissem. Sonhos que se tem durante o dia não são muito diferentes disso. O fato é que, geralmente, as pessoas não deixam de se hidratar e se nutrir... Assim, acabam caindo na loucura... e já não querem mais voltar. Não que eu esteja dizendo que sonhar é ruim, não é. Os sonhos também são uma parte importante da vida. Sem sonhos, não conseguiriamos nos organizar direito. Como saberíamos escolher se queremos seguir este caminho ou aquele? Seríamos guiados pelo quê? Uma pseudoestrela, a tal estrela Dalva? Ou seguiriamos os sonhos dos outros para sempre, fingindo ser um dos nossos? Seria desastroso, assim creio... Seríamos como zumbis, perseguindo algo que não sabemos como é, pois nunca teríamos sonhado. Não... Os sonhos são importantissímos... Tão importantes quanto despertar. Não gostei de despertar daquele tão doce sonho, mas precisava, sabia que sim. Não sei se gosto de sonhos, eles me obrigam a fazer algo que não gosto, mas que preciso. Não sei se gosto de sonhos, não sei mesmo.