sábado, 18 de dezembro de 2010
Lone... A Lone... Alone...
Escrito por
triice mayumi
às
13:49
Sábado, um dia de festas, de curtição, animação... Dia de sair com os amigos, dia de sair para namorar para os namorados e de sair para se apaixonar pelos ainda não apaixonados. Enfim, o dia em que todos saiem e, justamente por isso, o dia em que ninguém fica. Talvez, muitos afirmem com certeza que domingo é o pior dia. Mas eu discordo. No domingo, todos estão em casa. No domingo, pode-se ligar a qualquer instante para qualquer um e quase todos atenderão, fora aqueles mais religiosos que foram à missa, ou os mais aventureiros que sairam um dia antes de trabalhar. Sábado... Maldito sábado.
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Viva cada dia como se fosse o último...
Escrito por
triice mayumi
às
13:54
Se hoje fosse o último dia de minha vida, amanhã meus pais estariam tristes, talvez uns poucos amigos também... E, então, diriam algo como "Ah, eu me lembro, brevemente, de como ela era", se quisessem ser verdadeiros. Se não, falariam algo mais dramático, talvez algo como... "Quanta saudades... Por quê, oh, Por quê?" Mas eu prefeririria que fossem falsos. Sabe, cresci vivendo das aparências... Vivi sabendo que os vizinhos não podiam saber disto ou daquilo e que uma coisa descoberta pode ser capaz de acabar com uma vida. E para manter as boas imagens, aqueles que me ensinaram a ser assim diziam com firmeza "Ninguém está preocupado com o que você faz ou deixa de fazer, seja do seu jeito para que as pessoas gostem de você do jeito que é", mas eu sempre soube que faziam isso para manter as aparências. Costumava fingir não saber... Não era bom que pensassem que eu sabia. Amanhã, uns colegas de escola descobririam meu fim e, talvez, ainda uns professores... Comentariam coisas possitivas para não falar mal de quem não pode se defender, quando na verdade, nem se lembrariam direito quem eu era. Todavia, precisavam se mostrar compreensíveis e sentimentais. Nos filmes, nas novelas e, até nos livros, as pessoas sentimentais são sempre as mais boazinhas, as mais aceitas moralmente... Enfim, as melhores. Todas as pessoas querem parecer melhores. Afinal, as outras pessoas poderiam acreditar e isso daria muito prestígio a todos. Amanhã, quase ninguém saberia ao certo como sou, porque nunca fui capaz de fugir das meras aparências, mas me generalizariam e me tratariam como todos os demais cadáveres. Apenas as pessoas poucas que deixei ler meus textos mais intimos, em mostras particulares, ou que deixei escapar uma conversa mais séria, saberiam como sou, o que sinto em relação a cada uma das coisas do mundo... Apenas aquelas pessoas poucas a que fui capaz de me abrir, que fui capaz de mostrar como me comporto nos mundos imaginários que criei através da escrita e que, ainda, me conheceram no mundo real que... ainda não sei quem criou, tampouco como. Talvez, essas poucas pessoas pudessem lembrar de mim com saudade, sem falsidade... Essas seriam as únicas pessoas que eu não me importaria que fossem verdadeiras após minha morte, pois tive delas a verdade por toda uma vida e não estranharia de qualquer forma, alias, estranharia se fizessem o contrário. Se hoje fosse o meu último dia, eu pensaria no amanhã mais do que nunca, pois seria o amanhã mais incerto de todos os meus dias de vida. Se hoje fosse o meu último dia, eu criticaria a todos... publica e secretamente, ao mesmo tempo... Daria um jeito de tornar pública minha opinião sobre cada um. Mas secreta e sem citar nomes, para que eu não deixasse raiva que impossível de ser descontada.
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Sonhos...
Escrito por
triice mayumi
às
13:39
Não sei se gosto de sonhos, não sei mesmo. Sabe, sonhos podem ser tão perfeitos, tão irreais, tão extraordinários, tão assustadores e tão verdadeiros... E qualquer sonho, seja aquele que se tem dormindo, ou aqueles que se tem acordado... Talvez, os que se tem desperto sejam os piores. Afinal, estes são os que mais lembramos, os que mais nos perseguem. E qualquer um dos dois tipos de sonhos, terminam com o despertar, sempre com o despertar. Despertar é sempre uma dor, quando o abismo entre real e sonho nos devora, completamente. Despertar é sempre a pior parte, a que julgo mais complicada e a mais importante. Mais complicado porque nos faz retornar dos sonhos e voltar à realidade. Mais complicado porque nos trás a verdade e, vamos concordar, a verdade costuma doer... Principalmente quando comparada com a mentira. E por que a mais importante? A mais importante porque se não despertassemos, teriamos um grande problema. Para os sonhos que se tem desacordado, não é difícil entender por que dormir para sempre poderia ser um problema. É simples assim: acabariamos morrendo, de sede... e se nos dessem o que beber, de fome... e se nos dessem o que comer, de loucura... E esta seria extremamente difícil que suprissem. Sonhos que se tem durante o dia não são muito diferentes disso. O fato é que, geralmente, as pessoas não deixam de se hidratar e se nutrir... Assim, acabam caindo na loucura... e já não querem mais voltar. Não que eu esteja dizendo que sonhar é ruim, não é. Os sonhos também são uma parte importante da vida. Sem sonhos, não conseguiriamos nos organizar direito. Como saberíamos escolher se queremos seguir este caminho ou aquele? Seríamos guiados pelo quê? Uma pseudoestrela, a tal estrela Dalva? Ou seguiriamos os sonhos dos outros para sempre, fingindo ser um dos nossos? Seria desastroso, assim creio... Seríamos como zumbis, perseguindo algo que não sabemos como é, pois nunca teríamos sonhado. Não... Os sonhos são importantissímos... Tão importantes quanto despertar. Não gostei de despertar daquele tão doce sonho, mas precisava, sabia que sim. Não sei se gosto de sonhos, eles me obrigam a fazer algo que não gosto, mas que preciso. Não sei se gosto de sonhos, não sei mesmo.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Olhos...
Escrito por
triice mayumi
às
08:17
Aqueles olhos estavam começando a me assustar, mesmo sendo olhos tão tristes. Algo me incomodava no modo em que me fitavam. Eu tentava não observá-los de volta, mas era quase impossível. Nunca fui capaz de ficar muito tempo sem olhar aqueles que me olham. E, bom, quanto mais olhava aqueles olhos, mais me assustava. Não sabia se me olhavam por fascinio, por falta de lugar para olhar ou porque existia alguma coisa estranha em mim. É certo que depois conferi minha imagem no espelho e vi que eu parecia perfeitamente normal, tirando o cabelo ligeiramente bagunçado devido a alguma aula de tédio na escola. Assim, descarto uma das possibilidades e fico apenas com as duas primeiras, esperando, claro, que estivesse a me olhar por falta do que olhar... Por um acaso qualquer. Sei que me desconcentrava, não me deixava pensar em mais nada. Não me deixava pensar na morte da bizerra ou em qualquer outro assunto de mesma importancia. Me assustava. Não gostava de estar assustada. Me sentia indefesa... Até que o trem parou, desembarquei e nunca mais vi aqueles tais olhos.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Could it be so simple...
Escrito por
triice mayumi
às
09:40
Sabe, perco a noção de tempo e espaço, é como se estivessemos juntos e o tempo não existisse... e de repente, volto a terra, o tempo retorna e o espaço se alonga, tudo volta ao normal, desperto do sonho, mas o recordo durante as horas despertas de modo estranhamente sorrir a cada lembrança que me vem a mente. O pior é que as lembranças se multiplicam a cada conversa. Já não mais posso ver um arco-íris sem lembra-lo, não consigo sentir o vento sem pensa-lo, não consigo mais ler obras do tio William ou do Machado ou de pessoa que seja, todo detalhe lembra-me dele. O estranho é aqui falo da lembrança como algo não bom e não ruim... na verdade, é assim que é... não é algo bom por fazer-me muitas vezes pensar apenas em mim e a mim relacionar-lo, mas não é algo ruim porque traz-me o sorriso mais sincero que um dia tive... é, é isso .-.
domingo, 21 de novembro de 2010
"Tinha uma pedra no meio do caminho"
Escrito por
triice mayumi
às
03:42
Um passo, um passo de cada vez... este é todo o necessário. Um passo que, obviamente, deixa pegadas. Mas tais pegadas não foram feitas para serem vistas por quem as fez. Quem fez as pegadas sabe a quais caminhos ela leva. As pegadas foram feitas para qualquer um que não as fez para que possa escolher segui-las, ignora-las ou evita-las, enquanto caminham... um passo de cada vez, sem pensar no passo seguinte, sem olhar as pegadas passadas, sem a saudade, sem a ansiedade, sem fazer nada por causa de consequencias futuras, fazer o que é acredita ser mais certo, sem fazer nada por saudades passadas, fazer por experiencia. Um passo, um passo de cada vez... este é todo o necessário. Assim eu pensava, assim eu ainda tento pensar. Mas me perco em pensamentos. Não gosto de me perder, quero me encontrar antes que outra pessoa me encontre. Quero me encontrar sozinha, só não consigo. Um passo, depois o outro, me perco no passo seguinte. Vejo duas estradas gigantescas, uma com um milhão de pegadas (algumas, ainda, que fui capaz de reconhecer) e a outra com menos de cem (sendo que eu não conhecia nenhuma). Se eu for com a com mais pegadas, basta pisar onde tantos outros já pisaram. Mesmo que o caminho seja mais difícil, saberei, exatamente, onde posso ou não pisar. Se eu for com a com menos pegadas, não tererei pegadas a seguir, pois as que eu vejo poucas vezes foram seguidas, há menos certezas. Se eu for pelo caminho com mais pegadas, seguirei o caminho de todos os outros, posso me tornar apenas mais uma, ou encontrar no meio das árvores um novo jeito de seguir e me destacar de todos. Se eu for pelo caminho com menos pegadas, corro o risco da incerteza. Não saberei sequer se sobrevivo. Mas não será tão difícil me destacar da maioria.
Um passo, um passo de cada vez... este é todo o necessário. Assim eu pensava, assim eu ainda tento pensar. Por que é tão difícil não pensar nos passos seguintes? Um dia isto foi tão simples, tão fácil...
Um passo, um passo de cada vez... este é todo o necessário. Assim eu pensava, assim eu ainda tento pensar. Por que é tão difícil não pensar nos passos seguintes? Um dia isto foi tão simples, tão fácil...
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Longe daqui...
Escrito por
triice mayumi
às
10:30
Longe daqui, em um lugar distante e sem pessoas, uma música continua toca... Tal música seria capaz de acalmar até mesmo a alma do ser mais perturbado. Mas não há ninguém para ser acalmado ali. Longe daqui, em um lugar longiquo e inabitado, o silêncio prevalece em melodias perfeitamente ritmadas. Não existe caos. Não há barulho, nem gritos, tampouco sussurros. E se, por um acaso, algum pequeno ruido surgisse a atrapalhar a bela música, ele poderia se espalhar com calma por todo o espaço que lhe fosse necessário. Não lutaria contra outros sons, se fundiria a música e se tornaria parte dela. Seria um ruido perfeito.
Há pouco tempo, queria viver em um lugar assim... Tranquilo, sem ninguém, sem pessoas gritando em meu ouvido coisas que eu "deveria" fazer, mas que fugiam, completamente, do que eu desejava. Seria um local em paz, sem guerras, pois não haveria ninguém para guerrear.
Tratava-se de um lugar imaginário, de fato. Um local meu, só meu. A primeira coisa só minha que eu teria em toda uma vida. Algo que não era de meus pais, nem de meu país, de minha escola, ou de qualquer coisa que, supostamente, é minha... Mas, claro, não só minha.
Era um lugar onde eu poderia viver para sempre, tranquilamente, alegremente, sem problemas, sem complicações. Poderia, até mesmo, fugir da vida, fugir da morte, egoistamente, sem medo das consequências.
Criei tal local através da escrita. Inventei-lhe um nome, defini-lhe estações do ano, deixei-o belo. E fugia até lá, descrevendo cenas em que eu me encontrava em tal local, toda a vez que encontrava a necessidade de me esconder.
Os dias passavam depressa, as noites mais ainda. Com o tempo, desejei que o imaginário fosse real e o real, imaginário. Repeti, então, a mim mesma esta tal mentira... Uma vez, duas vezes, três vezes... E de tantas vezes que a mentira fora repetida, aceitei-a como verdade.
Passei, assim, a assimilar minha vida à fantasia e a fantasia à vida. De vez em quando, me via obrigada a retornar a realidade... Ia zangada e voltava logo. Quando percebi já estava passando mais tempo em um mundo ficcticio do que no mundo real.
Sabe qual é a pior parte de viver em um mundo que não existe? É que passa-se a também não existir.
Suas ideias, suas angústias, seus medos, suas aflições, suas paixões, seus desejos, sua vida... Enfim, tudo passa a ser apenas um pensamento egoísta feito por você mesmo a você mesmo. Então, você para de conhecer pensamentos alheios, prende-se aos seus próprios por ser sua única opção. E quando volta a realidade (se voltar), descobre que já não mais conhece os que achava conhecer, pois todos mudaram, inclusive você.
Algumas pessoas sonham em altos cargos em empresas, outros em grandes viagens para descobrir o mundo, uns ainda em histórias criadas por pessoas distintas. Todos temos sonhos. Nenhuma vida deve ser feita apenas de sonhos.
Há pouco tempo, queria viver em um lugar assim... Tranquilo, sem ninguém, sem pessoas gritando em meu ouvido coisas que eu "deveria" fazer, mas que fugiam, completamente, do que eu desejava. Seria um local em paz, sem guerras, pois não haveria ninguém para guerrear.
Tratava-se de um lugar imaginário, de fato. Um local meu, só meu. A primeira coisa só minha que eu teria em toda uma vida. Algo que não era de meus pais, nem de meu país, de minha escola, ou de qualquer coisa que, supostamente, é minha... Mas, claro, não só minha.
Era um lugar onde eu poderia viver para sempre, tranquilamente, alegremente, sem problemas, sem complicações. Poderia, até mesmo, fugir da vida, fugir da morte, egoistamente, sem medo das consequências.
Criei tal local através da escrita. Inventei-lhe um nome, defini-lhe estações do ano, deixei-o belo. E fugia até lá, descrevendo cenas em que eu me encontrava em tal local, toda a vez que encontrava a necessidade de me esconder.
Os dias passavam depressa, as noites mais ainda. Com o tempo, desejei que o imaginário fosse real e o real, imaginário. Repeti, então, a mim mesma esta tal mentira... Uma vez, duas vezes, três vezes... E de tantas vezes que a mentira fora repetida, aceitei-a como verdade.
Passei, assim, a assimilar minha vida à fantasia e a fantasia à vida. De vez em quando, me via obrigada a retornar a realidade... Ia zangada e voltava logo. Quando percebi já estava passando mais tempo em um mundo ficcticio do que no mundo real.
Sabe qual é a pior parte de viver em um mundo que não existe? É que passa-se a também não existir.
Suas ideias, suas angústias, seus medos, suas aflições, suas paixões, seus desejos, sua vida... Enfim, tudo passa a ser apenas um pensamento egoísta feito por você mesmo a você mesmo. Então, você para de conhecer pensamentos alheios, prende-se aos seus próprios por ser sua única opção. E quando volta a realidade (se voltar), descobre que já não mais conhece os que achava conhecer, pois todos mudaram, inclusive você.
Algumas pessoas sonham em altos cargos em empresas, outros em grandes viagens para descobrir o mundo, uns ainda em histórias criadas por pessoas distintas. Todos temos sonhos. Nenhuma vida deve ser feita apenas de sonhos.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Malditas vírgulas!
Escrito por
triice mayumi
às
16:10
Falem o que quiserem, façam bico, gritem, joguem água fria... Não mudo de opnião! Vou continuar achando que vírgulas são chatas e chatas demais! Na verdade, são até mais chatas do que acentos. Onde já se viu ter que ficar pensando no que você "quer dizer" antes de escrever só por causa de uma vírgula?
Sabe qual é o pior de tudo isso? O pior de tudo isso é que o sentido da sua frase muda e MUITO usando a vírgula aqui ou acolá. Quer um exemplo? Vejamos...
Maria foi à feira e comprou banana-maçã e pêra?
Maria, foi à feira e comprou banana-maçã e pêra?
Maria, foi à feira e comprou banana, maçã e pêra?
Maria foi à feira e comprou banana, maçã e pêra?
Viram que desgraça? Quatro opções distintas para uma única frase SIMPLES. Imagine isso em um paragrafo com umas 5 frases, que seja... 20 diferentes formas? Agora em um texto... com 6 paragrafos... 120 diferentes formas? É uma desgraça! Para escrever 6 miséros paragrafos: além de pensar no conteúdo do texto... e nos acentos... ainda precisamos pensar em mil e um sentido que o texto pode ter ou deixar de ter por causa de um tracinho torto que colocamos entre as palavras? E isso correndo o risco de sermos mal compreendidos e... talvez até censurados! É um absurdo!
Não entendo como uma vírgula pode ser tão importante. Não entendo. Alguém conhece algum idioma que não use vírgulas... ou melhor... que as vírgulas não mudem tanto o sentido das frases? E que (de preferência) também não tenha tracinhos tortos semelhantes às vírgulas?
Não sei porque nosso idioma precisa ser tão complexo. Acho que estou começando a entender porque tão pouca gente lê e escreve pelo nosso querido Brasil. Requer muito pensamento, muito esforço... E ninguém gosta de se esforçar muito. Não posso negar que alguns gostam MUITO menos.
OBS: Yeah, consegui abolir as vírgulas do meu texto (sem contar com a observação e com os exemplos). Bom, talvez elas não sejam tão importantes assim.
Sabe qual é o pior de tudo isso? O pior de tudo isso é que o sentido da sua frase muda e MUITO usando a vírgula aqui ou acolá. Quer um exemplo? Vejamos...
Maria foi à feira e comprou banana-maçã e pêra?
Maria, foi à feira e comprou banana-maçã e pêra?
Maria, foi à feira e comprou banana, maçã e pêra?
Maria foi à feira e comprou banana, maçã e pêra?
Viram que desgraça? Quatro opções distintas para uma única frase SIMPLES. Imagine isso em um paragrafo com umas 5 frases, que seja... 20 diferentes formas? Agora em um texto... com 6 paragrafos... 120 diferentes formas? É uma desgraça! Para escrever 6 miséros paragrafos: além de pensar no conteúdo do texto... e nos acentos... ainda precisamos pensar em mil e um sentido que o texto pode ter ou deixar de ter por causa de um tracinho torto que colocamos entre as palavras? E isso correndo o risco de sermos mal compreendidos e... talvez até censurados! É um absurdo!
Não entendo como uma vírgula pode ser tão importante. Não entendo. Alguém conhece algum idioma que não use vírgulas... ou melhor... que as vírgulas não mudem tanto o sentido das frases? E que (de preferência) também não tenha tracinhos tortos semelhantes às vírgulas?
Não sei porque nosso idioma precisa ser tão complexo. Acho que estou começando a entender porque tão pouca gente lê e escreve pelo nosso querido Brasil. Requer muito pensamento, muito esforço... E ninguém gosta de se esforçar muito. Não posso negar que alguns gostam MUITO menos.
OBS: Yeah, consegui abolir as vírgulas do meu texto (sem contar com a observação e com os exemplos). Bom, talvez elas não sejam tão importantes assim.
Medo! G.G
Escrito por
triice mayumi
às
11:48
Passei anos sem saber, ao certo, o que era, realmente, este tal medo. Chamava, então, toda reação ao desconhecido de medo. Dizia ter medo de andar na rua sozinha, quando, na verdade, tinha ansiedade. Também dizia ter medo de fazer uma prova difícil e, até hoje, não sei se era mesmo o dito medo.
Sabia, apenas, do que dizia minha mãe quando eu era mais nova. Dizia ela, sempre, que o medo era algo bom, pois nos protegia... Deixava os olhos abertos, os pensamentos mais rápidos e, principalmente, melhorava os nossos movimentos.
Em contrapartida, ouvia de quase todos os demais que o medo era algo ruim, indigno! O medo, para tantos, era algo que nos impedia de agir, nos imobilizava, nos sufucava, nos matava, talvez.
Lembro-me até hoje de meu irmão mais velho conversando com os amigos e perguntando a eles se tinham "medinho" disso ou daquilo. Geralmente, os amigos faziam caretas divertidas e diziam que não e, logo, davam um jeito de provar.
Também me recordo das minhas conversas com amigos, quando eu tinha uns sete ou oito ano... Perguntavamos uns aos outros quais eram os maiores medos de cada uma das crianças que estavam conosco e, depois, tentavávamos "combater" os tais medo. Nunca conseguimos. Pelo menos, nunca deu certo para conseguir combater um grande medo meu.
Pensando bem...Eu nunca soube, exatamente, quais são meus grandes medos. Ou melhor dizendo, nunca julguei ter nenhum grande medo. Será que eu deveria ter algum? Um só, se fosse o caso. Todos parecem ter... um grande medo. Se o medo realmente nos protege, como minha mãe dizia... quanto maior for, melhor, não? Um grande medo, então, seria o ideal. Vários medos gigantescos? Melhor ainda. Mas se o medo for como uma doença terrível e indigna, como todos os demais afirmam, não tê-lo deveria ser o melhor de tudo, não? Se assim for, estarei bem.
Só tenho certeza de uma coisa: se Pandora tivesse mais medo, não havia aberto a mal dita caixa.
Todo o resto é incerteza. Estas incertezas parecem dominar minha mente, devorando todos os pensamentos que nascem em vão. Tudo bem...Deve ser apenas o medo do desconhecido.
Sabia, apenas, do que dizia minha mãe quando eu era mais nova. Dizia ela, sempre, que o medo era algo bom, pois nos protegia... Deixava os olhos abertos, os pensamentos mais rápidos e, principalmente, melhorava os nossos movimentos.
Em contrapartida, ouvia de quase todos os demais que o medo era algo ruim, indigno! O medo, para tantos, era algo que nos impedia de agir, nos imobilizava, nos sufucava, nos matava, talvez.
Lembro-me até hoje de meu irmão mais velho conversando com os amigos e perguntando a eles se tinham "medinho" disso ou daquilo. Geralmente, os amigos faziam caretas divertidas e diziam que não e, logo, davam um jeito de provar.
Também me recordo das minhas conversas com amigos, quando eu tinha uns sete ou oito ano... Perguntavamos uns aos outros quais eram os maiores medos de cada uma das crianças que estavam conosco e, depois, tentavávamos "combater" os tais medo. Nunca conseguimos. Pelo menos, nunca deu certo para conseguir combater um grande medo meu.
Pensando bem...Eu nunca soube, exatamente, quais são meus grandes medos. Ou melhor dizendo, nunca julguei ter nenhum grande medo. Será que eu deveria ter algum? Um só, se fosse o caso. Todos parecem ter... um grande medo. Se o medo realmente nos protege, como minha mãe dizia... quanto maior for, melhor, não? Um grande medo, então, seria o ideal. Vários medos gigantescos? Melhor ainda. Mas se o medo for como uma doença terrível e indigna, como todos os demais afirmam, não tê-lo deveria ser o melhor de tudo, não? Se assim for, estarei bem.
Só tenho certeza de uma coisa: se Pandora tivesse mais medo, não havia aberto a mal dita caixa.
Todo o resto é incerteza. Estas incertezas parecem dominar minha mente, devorando todos os pensamentos que nascem em vão. Tudo bem...Deve ser apenas o medo do desconhecido.
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Deuses...
Escrito por
triice mayumi
às
10:21
Quando eu era mais nova, costumava ouvir na escola que Deus era muito, muito poderoso. Falavam-me em algumas aulas que ele era capaz de tudo, até mesmo de criar planetas e, inclusive, que fora ele criara o nosso. Contavam-me, também, que ele era quem definia o futuro das pessoas, e que se fossem boas, teriam seu lugar garantido... Mas que precisava escolher ser bom.
Naquela época, eu estudava em uma escola "marista", melhor dizendo, cristã. Aprendiamos, claro, outras religiões, mas, ao menos uma vez a cada dois meses (se não estou enganada), algumas aulas especificas sobre a religião católica apostolica romana. Nessas aulas, haviam atividades em grupo, leitura de alguns trechos da Bíblia e coisas semelhantes...
Ao terminar o ensino fundamental, mudei de escola. De inicio, assustei-me um pouco com a força que os professores costumavam ensinar. Os metódos eram, extremamente, distintos e, fora isso, eles tinham bem menos tempo para bem mais matéria já que revisavam os conteúdos do fundamental também.
No começo parecia que nada passaria de provas, provas e mais provas... Mas eu estava enganada. Antes parecia que a escola não glorificava nenhum Deus... Mas na verdade, glorificava vários.
Ninguém chamava os tais Deuses de Deuses, davam-lhe outro nome "vestibular" ou "vestibulares" quando tratados no plural. Mas, pelo que os professores nos mostravam, não parecia existir diferença qualquer entre "vestibular" e "deus". Eram apenas palavras distintas para a mesma coisa.
Na escola antiga, precisávamos ser bonzinhos, nos comportar nas aulas, fazer as nossas tarefas e os exercicios e obedecer aos professores para que tivessemos um bom destino escolhido por Deus.
Na escola nova, precisavamos ser bonzinhos nos comportar nas aulas, fazer as nossas tarefas e os exercicios e obedecer aos professores para que tivessemos um bom destino definido pelo vestibular.
Em alguns momentos, na escola antiga, um professor mais religioso dentre os demais (e que não conseguia controlar a sala) dizia "Deus está vendo, Ele sabe de tudo", para nos ameaçar.
Em alguns momentos, na escola nova, um professor mais religioso dentre os demais (e que não conseguia controlar a sala) dizia "Nem quero ver vocês enfrentando o vestibular depois", para nos ameaçar.
A principal diferença é que o Deus da escola antiga era bonzinho (sem aparência definida aos homens), perdoava a todos desde que o erro fosse confessado, enquanto, na escola nova, os Deuses eram mais neutros (com diferenças entre suas personalidades e aparências, alguns maiores, outros mais feios, alguns mau cheirosos e ainda alguns quase desconhecidos), perdoavam os erros apenas se estes fossem recompensados com trabalho em dobro.
Será que existe alguma escola laica ou eu, apenas, tive sorte?
Naquela época, eu estudava em uma escola "marista", melhor dizendo, cristã. Aprendiamos, claro, outras religiões, mas, ao menos uma vez a cada dois meses (se não estou enganada), algumas aulas especificas sobre a religião católica apostolica romana. Nessas aulas, haviam atividades em grupo, leitura de alguns trechos da Bíblia e coisas semelhantes...
Ao terminar o ensino fundamental, mudei de escola. De inicio, assustei-me um pouco com a força que os professores costumavam ensinar. Os metódos eram, extremamente, distintos e, fora isso, eles tinham bem menos tempo para bem mais matéria já que revisavam os conteúdos do fundamental também.
No começo parecia que nada passaria de provas, provas e mais provas... Mas eu estava enganada. Antes parecia que a escola não glorificava nenhum Deus... Mas na verdade, glorificava vários.
Ninguém chamava os tais Deuses de Deuses, davam-lhe outro nome "vestibular" ou "vestibulares" quando tratados no plural. Mas, pelo que os professores nos mostravam, não parecia existir diferença qualquer entre "vestibular" e "deus". Eram apenas palavras distintas para a mesma coisa.
Na escola antiga, precisávamos ser bonzinhos, nos comportar nas aulas, fazer as nossas tarefas e os exercicios e obedecer aos professores para que tivessemos um bom destino escolhido por Deus.
Na escola nova, precisavamos ser bonzinhos nos comportar nas aulas, fazer as nossas tarefas e os exercicios e obedecer aos professores para que tivessemos um bom destino definido pelo vestibular.
Em alguns momentos, na escola antiga, um professor mais religioso dentre os demais (e que não conseguia controlar a sala) dizia "Deus está vendo, Ele sabe de tudo", para nos ameaçar.
Em alguns momentos, na escola nova, um professor mais religioso dentre os demais (e que não conseguia controlar a sala) dizia "Nem quero ver vocês enfrentando o vestibular depois", para nos ameaçar.
A principal diferença é que o Deus da escola antiga era bonzinho (sem aparência definida aos homens), perdoava a todos desde que o erro fosse confessado, enquanto, na escola nova, os Deuses eram mais neutros (com diferenças entre suas personalidades e aparências, alguns maiores, outros mais feios, alguns mau cheirosos e ainda alguns quase desconhecidos), perdoavam os erros apenas se estes fossem recompensados com trabalho em dobro.
Será que existe alguma escola laica ou eu, apenas, tive sorte?
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Saudade!?
Escrito por
triice mayumi
às
08:36
Que é este sentimento estranho que vem fazendo com que eu me mate por dentro e deixe de ser eu mesma?
Que é este sentimento vil que me faz viver de lembranças e considerar o passado melhor que o presente?
Que é este sentimento erroneo que esfaqueia meus pensamentos e faz com que eu não consiga pensar nada
Nada além da saudade sentida,
Nada além do passado,
Nada além de que como o presente é distinto desse.
Que é esta ideia torta que me desprende do mundo que, antes, eu gostava de tanto de viver?
E, agora, me vejo, novamente, presa a momentos distantes...
Não sei se me alegro ao tê-lo. Não sei se me alegro ao fingir vê-lo. Só não mais o quero.
Que é este sentimento estranho que não vai embora... Vá embora.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Vingança
Escrito por
triice mayumi
às
12:54
Se vingar é quando de alguma forma, você sente que alguma pessoa te prejudicou e quer prejudicá-la... Pode ser para fazer com que ela "aprenda" que o que fez foi errado ou, simplesmente, para sentir o gostinho de vê-la na mesma situação prejudicada que você esteve (ou ainda pior).
Pessoalmente, adoro me vingar das pessoas que fazem algo que não gosto. Geralmente, vinganças silenciosas. Costumo tentar derrubar com o pé pessoas que me empurram no metrô, passar cola errada "sem querer" para pessoas que sempre pedem cola e, com certeza, não tem ideia do que está certo ou errado e por ai vai. Até pouco tempo atrás, achava que a vingança era algo realmente bom... porque tirava aquela sensação de derrota e passava a uma sensação de vitória, talvez como em uma guerra. E só não digo com certeza porque nunca vivi qualquer guerra, apenas vi algumas na escola e em um livro ou outro.
Outro dia, vi uma coisa que considerei terrível em uma comunidade feminina no orkut.
Não vou citar o nome aqui porque considero totalmente desnecessário, mas é óbvio que se, por acaso, alguma menina de lá ler, ficará evidente a situação tratada. Não há problemas quanto a isso também.
No caso, havia um tópico sobre drogas. Um tópico agressivo que defendia com todas as forças que drogas eram coisas ruins! Nem mesmo se davam ao trabalho de explicar o que eram as drogas... Iam logo ao "por que não usar" ou "por que dizer não", não me lembro ao certo e, você sabe como é... estou com preguiça de olhar.
No tal tópico, muitas meninas demonizavam o uso da droga. Sem problemas, direito de expressão. Eis então que uma outra menina começa a defender o uso (também não acho necessário citar nomes). No inicio, é ignorada com sua teoria de que as drogas deveriam ser legalizadas. Mas, mais tarde, ao dizer que gostaria de provar maconha, uma chuva de criticas recaiem sobre ela.
As meninas todas, demonizavam a tal garota. Realmente, falavam dela como se fosse o próprio demonio. Dizia que ela estava entregando sua vida, que precisava medir seus atos, suas consequências e chegaram, até mesmo, a usar palavrões de baixo calão para se referir a situação.
Primeiramente, não entendi, ao certo, o por quê de tal demonização. A guria nem mesmo provou nada. Simplesmente, jogou a ideia ao longe... Falando de uma projeção que fez para o futuro. Não havia feito nada errado. Apenas pensara sobre o assunto, não havia tomado nenhuma decisão. E, em pouco tempo, ela já era "a culpada" pela imagem do Brasil no mundo e, ainda, "a representante" dos usuários de drogas. Fora uma cena ridicula.
O mais ridiculo ainda foi quando entendi o que acontecia para tantos chingamentos e culpa. A menina, creio que percebendo o que acontecia, disse que não gostava de "todos contra uma". Achei que fossem dizer que não estavam contra ela, que estavam preocupadas com a saúde e com o futuro da colega, mas não foi exatamente isso o que ocorreu.
Uma primeira mais corajosa, respondeu, logo, que quando era com esta ninguém tinha dó, todos iam para cima, falavam tudo o que pensavam, sem piedade qualquer. Então, outra embaixo concordou... Veio, depois, mais uma e não sei quantas foram.
Creio que entendi o que se passava. Ao que me parece, todo esse escadalo era, apenas, porque as meninas não gostavam de ser tratadas daquele jeito e, como foram um dia, achavam certo que todas as outras fossem também. No caso, deviam estar só esperando uma chance para afugentar alguém que parecia que ninguém defenderia. Ou, se preferir, esperando para se vingar de qualquer um, mesmo que a pessoa não tivesse culpa qualquer pelo motivo vingado.
Depois decidi entrar na discussão para me vingar do que elas estavam fazendo. Não obtive grandes resultados sozinha. Mais tarde, voltou aquela menina que recebeu a vingança e mais uma com pensamentos semelhantes e a discussão ficou equilíbrada. Mas esta parte não importa, realmente, para o assunto tratado. Vamos ao que interessa...
É possível que as meninas estivessem fazendo isso para não se sentirem derrotadas e, sim, vitoriosas. Mas fico imaginando se tudo no mundo acontecesse assim... Sabe, tudo bem querer se vingar da Alemanha porque a Alemanha ganhou seus territórios. Mas imagina se querem se vingar da França porque a Alemanha ganhou territórios. É irracional demais.
Pessoalmente, adoro me vingar das pessoas que fazem algo que não gosto. Geralmente, vinganças silenciosas. Costumo tentar derrubar com o pé pessoas que me empurram no metrô, passar cola errada "sem querer" para pessoas que sempre pedem cola e, com certeza, não tem ideia do que está certo ou errado e por ai vai. Até pouco tempo atrás, achava que a vingança era algo realmente bom... porque tirava aquela sensação de derrota e passava a uma sensação de vitória, talvez como em uma guerra. E só não digo com certeza porque nunca vivi qualquer guerra, apenas vi algumas na escola e em um livro ou outro.
Outro dia, vi uma coisa que considerei terrível em uma comunidade feminina no orkut.
Não vou citar o nome aqui porque considero totalmente desnecessário, mas é óbvio que se, por acaso, alguma menina de lá ler, ficará evidente a situação tratada. Não há problemas quanto a isso também.
No caso, havia um tópico sobre drogas. Um tópico agressivo que defendia com todas as forças que drogas eram coisas ruins! Nem mesmo se davam ao trabalho de explicar o que eram as drogas... Iam logo ao "por que não usar" ou "por que dizer não", não me lembro ao certo e, você sabe como é... estou com preguiça de olhar.
No tal tópico, muitas meninas demonizavam o uso da droga. Sem problemas, direito de expressão. Eis então que uma outra menina começa a defender o uso (também não acho necessário citar nomes). No inicio, é ignorada com sua teoria de que as drogas deveriam ser legalizadas. Mas, mais tarde, ao dizer que gostaria de provar maconha, uma chuva de criticas recaiem sobre ela.
As meninas todas, demonizavam a tal garota. Realmente, falavam dela como se fosse o próprio demonio. Dizia que ela estava entregando sua vida, que precisava medir seus atos, suas consequências e chegaram, até mesmo, a usar palavrões de baixo calão para se referir a situação.
Primeiramente, não entendi, ao certo, o por quê de tal demonização. A guria nem mesmo provou nada. Simplesmente, jogou a ideia ao longe... Falando de uma projeção que fez para o futuro. Não havia feito nada errado. Apenas pensara sobre o assunto, não havia tomado nenhuma decisão. E, em pouco tempo, ela já era "a culpada" pela imagem do Brasil no mundo e, ainda, "a representante" dos usuários de drogas. Fora uma cena ridicula.
O mais ridiculo ainda foi quando entendi o que acontecia para tantos chingamentos e culpa. A menina, creio que percebendo o que acontecia, disse que não gostava de "todos contra uma". Achei que fossem dizer que não estavam contra ela, que estavam preocupadas com a saúde e com o futuro da colega, mas não foi exatamente isso o que ocorreu.
Uma primeira mais corajosa, respondeu, logo, que quando era com esta ninguém tinha dó, todos iam para cima, falavam tudo o que pensavam, sem piedade qualquer. Então, outra embaixo concordou... Veio, depois, mais uma e não sei quantas foram.
Creio que entendi o que se passava. Ao que me parece, todo esse escadalo era, apenas, porque as meninas não gostavam de ser tratadas daquele jeito e, como foram um dia, achavam certo que todas as outras fossem também. No caso, deviam estar só esperando uma chance para afugentar alguém que parecia que ninguém defenderia. Ou, se preferir, esperando para se vingar de qualquer um, mesmo que a pessoa não tivesse culpa qualquer pelo motivo vingado.
Depois decidi entrar na discussão para me vingar do que elas estavam fazendo. Não obtive grandes resultados sozinha. Mais tarde, voltou aquela menina que recebeu a vingança e mais uma com pensamentos semelhantes e a discussão ficou equilíbrada. Mas esta parte não importa, realmente, para o assunto tratado. Vamos ao que interessa...
É possível que as meninas estivessem fazendo isso para não se sentirem derrotadas e, sim, vitoriosas. Mas fico imaginando se tudo no mundo acontecesse assim... Sabe, tudo bem querer se vingar da Alemanha porque a Alemanha ganhou seus territórios. Mas imagina se querem se vingar da França porque a Alemanha ganhou territórios. É irracional demais.
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Sol
Escrito por
triice mayumi
às
08:14
Não é um texto atual, mas o encontrei em meus arquivos recentemente e decidi postar.
Sol: Uma doce menina presa dentro de uma torre gigantesca dentre muros enormes... cães de guarda e cercas elétricas.
"Procuro uma saída para este labirinto gigantesco que, supostamente, foi criado para minha proteção. Mas sabe... Cansei de ser protegida.
Só quero fugir desta bolha gigantesca. Quero ver o mundo que todos me dizem existir lá fora...
Acreditam que me contaram que lá fora , posso sentir o vento a bagunçar meus cabelos e a chuva a tocar minha pele?
Como será senti-los em contato com o meu corpo? Bom, me disseram, ainda, que, depois dos muros, existe muita Terra e pessoas muito diferentes de mim.
Fico a imaginar como são essas pessoas... Se são gigantes vivendo em pés de feijão... daqueles que nunca descem à terra em que vivo... ou, então, duendes pequenos, fofos e sedutores chorando insistidamente "Venham comprar. Venham comprar".
Talvez, existam bruxos estudando, secretamente, em uma escola mágica e chamando-nos de "trouxas". Quem sabe não são Deuses poderosos que vivem influenciando as águas, e tudo o que há em minha volta? E se forem? Seria bom que eu soubesse, não?
Alguém sabe como saio deste labirinto? Alguém me ajuda a achar a agulha de algum palheiro (afinal, só devem existir agulhas ali, pelo que dizem, não?) para estourar a bolha que me envolve? Podem trazer o cavalo de tróia para aqueles que estão aqui dentro destruirem o muro? Ou devo ser forte e conseguir alcançar meus objetos sem nenhuma ajuda?
Sol: Uma doce menina presa dentro de uma torre gigantesca dentre muros enormes... cães de guarda e cercas elétricas.
"Procuro uma saída para este labirinto gigantesco que, supostamente, foi criado para minha proteção. Mas sabe... Cansei de ser protegida.
Só quero fugir desta bolha gigantesca. Quero ver o mundo que todos me dizem existir lá fora...
Acreditam que me contaram que lá fora , posso sentir o vento a bagunçar meus cabelos e a chuva a tocar minha pele?
Como será senti-los em contato com o meu corpo? Bom, me disseram, ainda, que, depois dos muros, existe muita Terra e pessoas muito diferentes de mim.
Fico a imaginar como são essas pessoas... Se são gigantes vivendo em pés de feijão... daqueles que nunca descem à terra em que vivo... ou, então, duendes pequenos, fofos e sedutores chorando insistidamente "Venham comprar. Venham comprar".
Talvez, existam bruxos estudando, secretamente, em uma escola mágica e chamando-nos de "trouxas". Quem sabe não são Deuses poderosos que vivem influenciando as águas, e tudo o que há em minha volta? E se forem? Seria bom que eu soubesse, não?
Alguém sabe como saio deste labirinto? Alguém me ajuda a achar a agulha de algum palheiro (afinal, só devem existir agulhas ali, pelo que dizem, não?) para estourar a bolha que me envolve? Podem trazer o cavalo de tróia para aqueles que estão aqui dentro destruirem o muro? Ou devo ser forte e conseguir alcançar meus objetos sem nenhuma ajuda?
Mundo, me aguarde! Estou, quase, chegando até você"
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
A paixão é uma droga!
Escrito por
triice mayumi
às
14:57
Vai dizer que não? Depois que se prova uma vez, pronto! Já se quer ter mais um pouquinho... E de pouquinho em pouquinho, se torna muito. De modo que quanto mais se tem, mais se quer... Sendo que nunca se tem tudo, sempre se precisa de mais um pouquinho...
Dizem alguns que a paixão acaba depois do casamento e dai em diante, vira-se amor. Não creio muito nisso. Sabe por quê? Quando se vicia em algo, não importa como, é extremamente complicado sair do vicio, não? E se a paixão nada mais é do que um vicio, por que seria tão fácil se livrar dela com o casamento? Fora isso, imagine se alguém se apaixona por você, mas você não quer nada com a pessoa... Qual seria a solução? Casamento, pronto, acabou-se a paixão. Mas é mesmo assim que funciona? Creio que não. Caso contrário, mais e mais pessoas já teriam usado e abusado disto... Poderia ser um grande segredo passado de geração em geração, quem sabe? Não. Com certeza, não.
É certo que algumas pessoas desejam se apaixonar para sentir o que tanto os outros dizem sentir... Sabe, se sentir nas núvens, passar noites em claro sorrindo a pensar naquela pessoa, sorrir bobamente em função de qualquer detalhezinho da vida, se derreter com a palavra "amor", para esquecer os problemas, para viver uma experiencia inesquecivel, perder a timidez e por ai vai...
Outras pessoas, querem se apaixonar para agir como todos os outros. No caso dos mais novos, para ser como os mais velhos. No caso dos mais velhos, para agir como mais novos. E no caso de pessoas na faixa de idade ideal (conceito de idade ideal definida pela própria pessoa), para agir como os da mesma idade.
E quais são mesmo os motivos para as pessoas consumirem drogas?
Alguns, preferem não contar a ninguém sobre as paixões. Outros, ainda, optam por contar só para os amigos, evitar falar com os pais ou com os filhos. Tem uns que contam a todos. E, ainda aqueles, que contam para o melhor amigo e para os demais se calam.
Quase todos alegam que a paixão altera o corpo. Reza a lenda que faz o cabelo ficar mais brilhante porque estimula a produção de alguma coisa... Muitos falam que doenças são previnidas com a paixão. Existem pessoas que afirmam, com certeza, que o corpo percebe quando se está apaixonado(a) e responde para cada organismo de uma maneira distinta.
Drogas alteram o metabolismo?
E quantas foram as pessoas que você já conheceu que quiseram parar de "inalar/sentir" a paixão?
Existe gente querendo sair do vicio? Qual é a real diferença entre a paixão e a droga?
A paixão é, realmente, uma droga. Se te oferecerem, recuse, menos em casos de recomendação médica. Caso contrário, quando menos esperar vai estar preso(a) ao vicio e, muito provavelmente, não consiguirá se libertar.
Maldito vicio.
Dizem alguns que a paixão acaba depois do casamento e dai em diante, vira-se amor. Não creio muito nisso. Sabe por quê? Quando se vicia em algo, não importa como, é extremamente complicado sair do vicio, não? E se a paixão nada mais é do que um vicio, por que seria tão fácil se livrar dela com o casamento? Fora isso, imagine se alguém se apaixona por você, mas você não quer nada com a pessoa... Qual seria a solução? Casamento, pronto, acabou-se a paixão. Mas é mesmo assim que funciona? Creio que não. Caso contrário, mais e mais pessoas já teriam usado e abusado disto... Poderia ser um grande segredo passado de geração em geração, quem sabe? Não. Com certeza, não.
É certo que algumas pessoas desejam se apaixonar para sentir o que tanto os outros dizem sentir... Sabe, se sentir nas núvens, passar noites em claro sorrindo a pensar naquela pessoa, sorrir bobamente em função de qualquer detalhezinho da vida, se derreter com a palavra "amor", para esquecer os problemas, para viver uma experiencia inesquecivel, perder a timidez e por ai vai...
Outras pessoas, querem se apaixonar para agir como todos os outros. No caso dos mais novos, para ser como os mais velhos. No caso dos mais velhos, para agir como mais novos. E no caso de pessoas na faixa de idade ideal (conceito de idade ideal definida pela própria pessoa), para agir como os da mesma idade.
E quais são mesmo os motivos para as pessoas consumirem drogas?
Alguns, preferem não contar a ninguém sobre as paixões. Outros, ainda, optam por contar só para os amigos, evitar falar com os pais ou com os filhos. Tem uns que contam a todos. E, ainda aqueles, que contam para o melhor amigo e para os demais se calam.
Quase todos alegam que a paixão altera o corpo. Reza a lenda que faz o cabelo ficar mais brilhante porque estimula a produção de alguma coisa... Muitos falam que doenças são previnidas com a paixão. Existem pessoas que afirmam, com certeza, que o corpo percebe quando se está apaixonado(a) e responde para cada organismo de uma maneira distinta.
Drogas alteram o metabolismo?
E quantas foram as pessoas que você já conheceu que quiseram parar de "inalar/sentir" a paixão?
Existe gente querendo sair do vicio? Qual é a real diferença entre a paixão e a droga?
A paixão é, realmente, uma droga. Se te oferecerem, recuse, menos em casos de recomendação médica. Caso contrário, quando menos esperar vai estar preso(a) ao vicio e, muito provavelmente, não consiguirá se libertar.
Maldito vicio.
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Final Feliz
Escrito por
triice mayumi
às
08:40
Diga-me, então, o que é um final feliz? Alias, vamos começar, aos poucos. O que é um final? Uma finalidade? Não, não trata-se de uma finalidade. Se se tratasse, seria retórico. Afinal, toda finalidade é feliz! E se não é feliz, não é finalidade.O final feliz é o momento em que o principe salva a princesa? Somente nos contos de fadas. Na vida real, o "fim da história" não chega junto ao fim das complicações e problemas, pelo contrário. Na vida real, nunca há o fim das complicações de dos problemas. Tudo possui um porém.Depois do principe salvar a princesa, ele ainda precisa seguir o caminho de seu castelo. Será que no caminho não havia nenhuma complicação? Depois do casamento, vem os filhos, as responsabilidades aumentam. Será tudo um mar de rosas? Não mesmo.O único modo possível de se ter o "final da história" é morrendo. E isso, apenas, se você acreditar que não há nada após a vida. Ou seja, não acreditar em plano espiritual, nem em céu, ou inferno, ou reencarnação. O "final da história" viria, apenas, se depois da morte, o corpo, apenas, se juntasse a natureza e qualquer consciência de vida daquele ser sumisse.Pois bem, o final feliz não é como nos contos de fadas. Vamos concordar que no final dos contos de fadas, os bonzinnhos não morrem, os bonzinhos vivem.O que é o final feliz?, me perguntaria alguém. Não sei o que é e, justamente, por isso, não creio que ele esteja me esperando. Alias, acho inutil saber que algo que nem sei como é me espera... é, praticamente, o mesmo que não saber o que me espera.
sábado, 11 de setembro de 2010
Aniversário
Escrito por
triice mayumi
às
11:57
Aniversário... aniversário... O tempo está passando! Ontem o último aniversário me veio... e antes de ontem o penúltimo, um ano atrás o antepenultimo. O tempo está passando mais depressa agora... Não, o tempo passa sempre do mesmo modo! O fato é que estou ficando velha... e quanto mais velha fico, mais rápido penso que as coisas passam.
Talvez, seja pela questão da proporcionalidade. Afinal, um dia para uma criança que acaba de nascer é um tempo gigantesco! E para alguém que tem lá seus 70 anos é simplesmente "um dia como todos os outros".
Não sei se gosto de estar mais velha... também não sei se gosto que os outros me vejam assim.
Ontem, o dia começou de modo estranho. Acordei sozinha, de repente... e fiquei a pensar sobre o ocaso, as estrelas e mais essas coisas que deveriamos ver todos os dias. Fechei os olhos e mantive-me a pensar. Quando me dei conta, já estava sendo acordada pela minha mãe.
Com um tom infantil ela dizia "Hoje é o seu dia... Feliz aniversário!". Falava como se eu tivesse 5 ou 6 anos de idade... Não sei se ela sabe que completei 16. Pode ser que seja verdade o que dizem... que para as mães, somos sempre bebês independente da idade... ou talvez fosse uma mera ironia mal compreendida... mas, bom, acho que eu já deveria ter passado da idade de me importar quando me tratam como mais nova do que realmente sou.
Despertei, novamente, resmungando algo baixinho... segui ao banheiro como é de costume todas as manhãs. Quando sai, meu pai chamou-me a atenção. "Ei, Bia, feliz aniversário". Abafei um riso e terminei de me arrumar para a escola.
Na escola, tudo ocorreu como geralmente ocorre... Provas, aulas, professores, alunos, amigas, etc, etc... Eu fiz questão de fazer que o dia fosse exatamente como todos os outros... Por isso, incomumente repetia mentalmente as palavras "Hoje é mais um dia normal. Hoje é mais um dia normal." E acreditem ou não, é verdade o que dizem: uma mentira repetida várias vezes torna-se verdade. Tirando a repetição incomum, o dia foi, perfeitamente, comum e, portanto, não irei descrevê-lo aqui.
Talvez, seja pela questão da proporcionalidade. Afinal, um dia para uma criança que acaba de nascer é um tempo gigantesco! E para alguém que tem lá seus 70 anos é simplesmente "um dia como todos os outros".
Não sei se gosto de estar mais velha... também não sei se gosto que os outros me vejam assim.
Ontem, o dia começou de modo estranho. Acordei sozinha, de repente... e fiquei a pensar sobre o ocaso, as estrelas e mais essas coisas que deveriamos ver todos os dias. Fechei os olhos e mantive-me a pensar. Quando me dei conta, já estava sendo acordada pela minha mãe.
Com um tom infantil ela dizia "Hoje é o seu dia... Feliz aniversário!". Falava como se eu tivesse 5 ou 6 anos de idade... Não sei se ela sabe que completei 16. Pode ser que seja verdade o que dizem... que para as mães, somos sempre bebês independente da idade... ou talvez fosse uma mera ironia mal compreendida... mas, bom, acho que eu já deveria ter passado da idade de me importar quando me tratam como mais nova do que realmente sou.
Despertei, novamente, resmungando algo baixinho... segui ao banheiro como é de costume todas as manhãs. Quando sai, meu pai chamou-me a atenção. "Ei, Bia, feliz aniversário". Abafei um riso e terminei de me arrumar para a escola.
Na escola, tudo ocorreu como geralmente ocorre... Provas, aulas, professores, alunos, amigas, etc, etc... Eu fiz questão de fazer que o dia fosse exatamente como todos os outros... Por isso, incomumente repetia mentalmente as palavras "Hoje é mais um dia normal. Hoje é mais um dia normal." E acreditem ou não, é verdade o que dizem: uma mentira repetida várias vezes torna-se verdade. Tirando a repetição incomum, o dia foi, perfeitamente, comum e, portanto, não irei descrevê-lo aqui.
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sexta-feira, 30 de julho de 2010
Criança mal criada! Velho ignorante!
Escrito por
triice mayumi
às
13:51
Ontem, me confessaram que esperavam ler coisas "ardentes", "picantes"... E, ainda, que esperavam ler tais coisas em meu tão querido blog. Infelizmente, serei obrigada a desapontar todos esses que confessaram-me tais coisas. Desapontarei para evitar a mentira. Já que não houve, de ontem para hoje, nada ardente... tampouco picante.
Eu sei que contando isto logo no começo, corro o risco de perder você, meu querido leitor. Mas é melhor que eu diga no começo do que no fim ou ainda que não dizer! Assim, você tem todo o texto para se acostumar com a ideia e pode sair daqui menos frustrado com a surpresa.
Como eu já estava dizendo...Contarei, apenas, o que me ocorreu. Começo dizendo que hoje foi um dia agitado repleto de deveres e obrigações chatas que são extremamente... er... que palavra uso para evitar a repetição? Ah, pouco importa! Vai esta mesmo repetida que me dá menos trabalho para pensar... Hoje foi um dia agitado, repleto de deveres e obrigações chatas que são extremamente chatas de se descrever.
Entretanto em um dia chato, algo chato chamou-me a atenção.
Na fila onde encontrariam eu e minha mãe a espera de atendimento, bem lá na frente, na verdade, havia um menino de uns 4, 5 anos a pedir um chocolate para a moça do caixa. Entregava alguma nota de dinheiro dada pela mãe e recebia, logo o cupom para ter o doce. Ansioso, o menino ia logo ao balcão seguinte onde retiraria "o pedido". E digo "logo" porque foi logo mesmo. Fora correndo, bem depressa...
A mãe o cortou tão depressa quanto pode. "Pegue o troco com a moça, antes", dizia ela.
O menino voltou, todo obediente, assim que recebeu a censura. Mas, frente ao caixa, já se encontrava um senhor que devia beirar seus 70 ou, chutando alto, 80 anos.
O garoto não hesitou com o pequeno problema. Simplesmente, aprendeu, na prática, uma das leis da física... aquela que diz que dois corpos não ocupam o mesmo lugar ao mesmo tempo. A criança não pensou muito. Empurrou depressa o senhor e ocupou seu lugar.
A mãe o censurou novamente. "Peça licença! Não empurre...", falava ela calmamente.
Respondendo aos pedidos da mãe... o menino, após empurrar o senhor, disse, então, "Licença!" - uma fala curta e extremamente breve - manteve-se no lugar que havia tirado do homem.
O idoso olhou pasmado para o menino e não respondeu. Não disse nada como "Tens toda a licença do mundo" ou ainda "Certo, mas peça primeiro licença e, quando eu te der espaço, venha para a fila...". Ficou calado olhando com uma desaprovação gigantesco esperando que o menino - que, nem mesmo, deveria ter aprendido a ler - lesse seu olhar.
O menino recebeu o troco, pegou o doce e saiu dali contente. Afinal, iria se deliciar com a gostosura que acabara de ganhar.
O idoso manteve o olhar pasmado como se tivessem ferido o orgulho dele vagarosamente com uma faca gigantesca que lhe atrevessava seu peito todo estufado.
Mais tarde, veio minha mãe repetir-me a história. Dizia os olhos do idoso gritavam algo como "Criança mal criada!" e que os dela responderam em seguida "Velho ignorante!"
Pedi para que me explicasse o por quê de tal afirmação... Disse-me ela que ele deveria compreender que o menino estava em fase de aprendizagem e que, com o tempo, saberia se portar na fila a partir das censuras da mãe e da sociedade.
Fiquei a me perguntar se o idoso não fazia parte da sociedade dita... Cheguei a conclusão que, sim, fazia! E se, ao censurar o menino com os olhos, ele não estava ajundando o garoto a melhor se portar. Parecia estar... Se fosse assim, o homem não seria lá ignorante. Seria, na verdade, justamente, o oposto disso! Seria sábio, muito sábio! Sábio e bondoso!
Bondoso? Bondoso com aquele ar orgulhoso? Bondoso e sábio com aquele modo de desaprovação seguido de um silêncio indifente?
Não, bondoso não era! Tampouco sábio...
Deste modo, creio que a afirmação de minha mãe não é lá muito boa... Mas necessito de uma boa afirmação para fingir ter uma opinião formada sobre o ocorrido.
Dizem alguns que é muito importante ter uma opinião formada sobre tudo. O que digo sobre estes dizeres? Nada! Não tenho opinião sobre isto!
Sendo assim, não me acho digna a ponto de criar uma afirmação sozinha para aquela tal situação. E na falta de uma melhor, uso a afirmação do tal homem!
Menino mal criado!
Eu sei que contando isto logo no começo, corro o risco de perder você, meu querido leitor. Mas é melhor que eu diga no começo do que no fim ou ainda que não dizer! Assim, você tem todo o texto para se acostumar com a ideia e pode sair daqui menos frustrado com a surpresa.
Como eu já estava dizendo...Contarei, apenas, o que me ocorreu. Começo dizendo que hoje foi um dia agitado repleto de deveres e obrigações chatas que são extremamente... er... que palavra uso para evitar a repetição? Ah, pouco importa! Vai esta mesmo repetida que me dá menos trabalho para pensar... Hoje foi um dia agitado, repleto de deveres e obrigações chatas que são extremamente chatas de se descrever.
Entretanto em um dia chato, algo chato chamou-me a atenção.
Na fila onde encontrariam eu e minha mãe a espera de atendimento, bem lá na frente, na verdade, havia um menino de uns 4, 5 anos a pedir um chocolate para a moça do caixa. Entregava alguma nota de dinheiro dada pela mãe e recebia, logo o cupom para ter o doce. Ansioso, o menino ia logo ao balcão seguinte onde retiraria "o pedido". E digo "logo" porque foi logo mesmo. Fora correndo, bem depressa...
A mãe o cortou tão depressa quanto pode. "Pegue o troco com a moça, antes", dizia ela.
O menino voltou, todo obediente, assim que recebeu a censura. Mas, frente ao caixa, já se encontrava um senhor que devia beirar seus 70 ou, chutando alto, 80 anos.
O garoto não hesitou com o pequeno problema. Simplesmente, aprendeu, na prática, uma das leis da física... aquela que diz que dois corpos não ocupam o mesmo lugar ao mesmo tempo. A criança não pensou muito. Empurrou depressa o senhor e ocupou seu lugar.
A mãe o censurou novamente. "Peça licença! Não empurre...", falava ela calmamente.
Respondendo aos pedidos da mãe... o menino, após empurrar o senhor, disse, então, "Licença!" - uma fala curta e extremamente breve - manteve-se no lugar que havia tirado do homem.
O idoso olhou pasmado para o menino e não respondeu. Não disse nada como "Tens toda a licença do mundo" ou ainda "Certo, mas peça primeiro licença e, quando eu te der espaço, venha para a fila...". Ficou calado olhando com uma desaprovação gigantesco esperando que o menino - que, nem mesmo, deveria ter aprendido a ler - lesse seu olhar.
O menino recebeu o troco, pegou o doce e saiu dali contente. Afinal, iria se deliciar com a gostosura que acabara de ganhar.
O idoso manteve o olhar pasmado como se tivessem ferido o orgulho dele vagarosamente com uma faca gigantesca que lhe atrevessava seu peito todo estufado.
Mais tarde, veio minha mãe repetir-me a história. Dizia os olhos do idoso gritavam algo como "Criança mal criada!" e que os dela responderam em seguida "Velho ignorante!"
Pedi para que me explicasse o por quê de tal afirmação... Disse-me ela que ele deveria compreender que o menino estava em fase de aprendizagem e que, com o tempo, saberia se portar na fila a partir das censuras da mãe e da sociedade.
Fiquei a me perguntar se o idoso não fazia parte da sociedade dita... Cheguei a conclusão que, sim, fazia! E se, ao censurar o menino com os olhos, ele não estava ajundando o garoto a melhor se portar. Parecia estar... Se fosse assim, o homem não seria lá ignorante. Seria, na verdade, justamente, o oposto disso! Seria sábio, muito sábio! Sábio e bondoso!
Bondoso? Bondoso com aquele ar orgulhoso? Bondoso e sábio com aquele modo de desaprovação seguido de um silêncio indifente?
Não, bondoso não era! Tampouco sábio...
Deste modo, creio que a afirmação de minha mãe não é lá muito boa... Mas necessito de uma boa afirmação para fingir ter uma opinião formada sobre o ocorrido.
Dizem alguns que é muito importante ter uma opinião formada sobre tudo. O que digo sobre estes dizeres? Nada! Não tenho opinião sobre isto!
Sendo assim, não me acho digna a ponto de criar uma afirmação sozinha para aquela tal situação. E na falta de uma melhor, uso a afirmação do tal homem!
Menino mal criado!
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quinta-feira, 29 de julho de 2010
Do título
Escrito por
triice mayumi
às
09:11
Com honra, imito Dom Casmurro. Começo a história explicando seu título.
Pode ser que seja errado copiar pessoa qualquer e, se for, eis aqui a minha primeira confissão: copiei, imitei, plagiei. Fiz tudo isso! Todavia, não creio que o grande Machado de Assis se zangaria com tal plágio. Afinal, ele era bem a frente de seu tempo. Talvez, o bastante para admitir as tão populares cópias. E como qualquer bom autor, deve gostar de ter sua obra, ligeiramente, mais divulgada.
A minha única certeza é que, sendo um autor defunto, Machado não reclamará...usando e abusando, assim, de seu eterno e louvado direito de ficar calado.
Perdoe-me, vivo leitor, pela pequena cópia. Em minha defesa, digo que busquei com todos meus amigos alguma boa ideia para criar o inicio deste blog. E, na falta de ideia qualquer, peguei uma já pronta, formulada e muito bem escrita... imaginando fazê-la minha ao adaptar uma ou, no máximo, cem palavras do célebre texto.
Não se assuste! Não contarei a clássica história de Bentinho e Capitu. Sou plageadora, sim, mas nem tanto.
Conto esta outra de uma menina de cabelos bem negros e olhos visivelmente puxados. Chama-se Beatriz.
Confesso que eu adoraria continuar a história... em terceira pessoa. Existem apenas duas coisinhas que me impedem de fazê-lo. A primeira é que me doem os ouvidos falar de mim mesma na terceira pessoa. E, a segunda é que diferente do blog, este post não foi feito para contar minha história e, sim, falar do título.
Ah, sim... O título! Como pude me esquecer do principal tema do post? Vejamos...
Pode ser que seja errado copiar pessoa qualquer e, se for, eis aqui a minha primeira confissão: copiei, imitei, plagiei. Fiz tudo isso! Todavia, não creio que o grande Machado de Assis se zangaria com tal plágio. Afinal, ele era bem a frente de seu tempo. Talvez, o bastante para admitir as tão populares cópias. E como qualquer bom autor, deve gostar de ter sua obra, ligeiramente, mais divulgada.
A minha única certeza é que, sendo um autor defunto, Machado não reclamará...usando e abusando, assim, de seu eterno e louvado direito de ficar calado.
Perdoe-me, vivo leitor, pela pequena cópia. Em minha defesa, digo que busquei com todos meus amigos alguma boa ideia para criar o inicio deste blog. E, na falta de ideia qualquer, peguei uma já pronta, formulada e muito bem escrita... imaginando fazê-la minha ao adaptar uma ou, no máximo, cem palavras do célebre texto.
Não se assuste! Não contarei a clássica história de Bentinho e Capitu. Sou plageadora, sim, mas nem tanto.
Conto esta outra de uma menina de cabelos bem negros e olhos visivelmente puxados. Chama-se Beatriz.
Confesso que eu adoraria continuar a história... em terceira pessoa. Existem apenas duas coisinhas que me impedem de fazê-lo. A primeira é que me doem os ouvidos falar de mim mesma na terceira pessoa. E, a segunda é que diferente do blog, este post não foi feito para contar minha história e, sim, falar do título.
Ah, sim... O título! Como pude me esquecer do principal tema do post? Vejamos...
"Meu estranho confessionário"
Receio, agora, que eu deva explicar o título do blog a você. Que ideia mais besta foi a minha de plagiar Machado sem ter uma boa explicação do título em mente! Mas agora é tarde! Já digitei este texto todo e seria trabalhoso demais apagá-lo, procurar outra ideia, começar tudo de novo... Deus, só de pensar, já me canso.
Vejo duas saídas: ou conto-lhe a história que me levou ao título; ou explico-lhe cada palavra que o forma.
Bem, não existe uma boa história por trás do título. De modo que explicar-lhe todas as palavras parece mais fácil que inventar uma história para depois confessar a mentira.
Deixe-me começar...
"Meu estranho confessionário"
1 - Meu
Meu porque eu o fiz. Eu o domino. Nele, eu confesso. É a parte egoísta do título. Mas como ter um título não-egoísta sendo a pessoa mais egoísta do mundo?
2- Estranho
Normalmente, as pessoas arrumam casas com amigos ou familiares para servir de confessionários. As vezes, ainda igrejas com aquelas salinhas bem pequenas e padres com vozes desconhecidas. Faço algo distinto do normal. Faço de um blog o meu confessionário. Não que isso seja melhor ou pior que a mediocridade geral... É, simplesmente, estranho.
3- Confessionário
E confessionário porque o usarei para confessar-lhe meus piores pecados, minhas piores tentações. Mas não só os piores como, também, os melhores. Contarei a ti, todos os meus pecados sem excesão alguma... Desde os mais penosos até os mais ardentes e deliciosos deles.
Confessarei tudo tentando não ser julgada por confissão alguma como, supostamente, ocorre nos confessionários menos estranhos.
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